O RITMO GOSTOSO DA BANDA CARRAPICHO

A banda, iniciada nos anos 80 para difundir a cultura Amazonense através da música, teve Bopp, que é o produtor e guitarrista como seu fundador, onde trabalhou por 16 anos. Eles se firmaram mesmo em 1983, nos bastidores do grupo folclórico de Boi Bumbá, “Garantido”. Junto ao rival “Caprichoso”, a banda se apresentava na festa de Parintins, que acontece todos os anos em Manaus. Composta por quatro bailarinos(Hudson, Inael, Tatiana e Iran) devidamente caracterizados de índios, e pelo cantor e ator Zezinho Corrêa. No ano de 1998, o Brasil ficou mais próximo da Amazônia. A toada de boi “Tic, Tic, Tac” tomou conta das rádios com seu refrão contagiante e alçou à fama. O reconhecimento nacional só aconteceu com “Tic, Tic, Tac”.
Na onda do sucesso das toadas amazonenses – que ganhou ainda mais força quando Fafá de Belém gravou a música “Vermelho” -, o Carrapicho se apresentou em vários programas de TV e fechou shows por todo país. Ao mesmo tempo, o grupo lançou outros hits – “Festa de Um Povo”, “Festa de Boi-Bumbá” e “Canto Envolvente” – garantindo assim o sucesso no Brasil.
A alavancada para o sucesso total aconteceu quando o grupo, que já havia gravado alguns CDs, foi convidado por um produtor para fazer uma turnê pela Europa. Eles, então, ganharam discos de Platina Duplo e Ouro em países como França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Polônia, Israel, Líbano, Argentina, Chile, Paraguai e chegaram a vender mais de 15 milhões de CDs. Na França o grupo se transformou num fenômeno, tanto que anos depois, eles continuaram se apresentando no país uma vez ao ano. O ponto alto da carreira do grupo foi um show que fizeram para um canal de TV francês na Place du Trocadero e tinham ao fundo a Torre Eiffel. Reuniram 300 mil pessoas que cantavam e dançavam alucinadas com eles. O Carrapicho, esteve em atividade de 1980 a 2002, sempre se destacando mundialmente. Atualmente da formação original não sobrou ninguém. Zezinho Corrêa seguiu carreira solo e trocou a antiga cabeleira loura e encaracolada por fios curtos e lisos. Iran, o “índio moreno”, se tornou executivo e engordou um pouco. Ianael, a morena que arrancou suspiros de muitos marmanjos e se recusou a posar nua, se casou e teve bebê. Mas continuam todos muito amigos.

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Postado por da redação em jul 31 2014. Arquivado em RITMOS DO BRASIL. Você pode seguir qualquer comentário deste post através de RSS 2.0. Comentários e pings estão desabilitados